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segunda-feira, 28 de junho de 2010

HISTÓRIA DA IGREJA PARTE 2

O ano de 395 dC. marca a divisão do império romano em Ocidental e Oriental. Já sabemos que Constantino mudou a capital do império romano para Constantinopla (atual Turquia). A partir desse ponto Constantinopla se tornou um centro de intenso comércio na Ásia, mesmo quando deixou de ser capital do império na época em que os sucessores de Constantino subiram ao poder.
A crise do império ocorre pela queda brusca nas conquistas, que consequentemente enfraquece o comércio de escravos (povos conquistados). Unindo-se a este problema está também o das invasões bárbaras, que saqueavam e dominavam partes do império. A população começa a abandonar as cidades e a dirigirem-se aos campos a fim de fugir das invasões. Nascem as vilas. Nessas vilas, a população se une aos donos de terra, que emprestam parte dessa terra a esses colonos em troca de participação no lucro final. Os colonos também entregam parte do lucro aos senhores da terra em troca de proteção e muitas vezes entregam também a terra já conquistada. Surge então o Feudalismo. O império começa a empobrecer devido a esse êxodo das cidades e em 395 dC. o imperador Teodósio decide dividir o mesmo, para deter a crise.
Agora dividido em Ocidental e Oriental, o império tenta se reerguer. Os filhos de Teodósio assumem o poder: Acádio- Oriente e Honório-Ocidente.
A parte Ocidental, sofre centenas de invasões e não consegue conter a dominação dos povos bárbaros (qualquer um que não fale o latim) e finalmente sucumbe em 476 dC. Já a Oriental, não alvo de tantas invasões e com economia mais fortalecida, se mantém até o ano de 1453.
Essa queda da parte Ocidental do império foi tão drástica, que marcou o fim da idade antiga e início da Idade Média.
O que aconteceu com igreja durante esse tempo?
Já sabemos que diversos discípulos do apóstolo João se tornaram pastores da igreja de Cristo que estava espalhada por todo o império. Esses pastores treinaram outros pastores, até que houve a necessidade de se colocar líderes sobre os diversos pastores que atuavam em certas localidades.
Foram instituídos então os bispos. Esses bispos administravam as suas igrejas muito bem até que um entre eles começou a querer ser o Bispo de todos os bispos.
Esse bispo era o de Roma e a partir desse ponto começa uma luta pelo poder religioso do império.
O primeiro bispo de Roma a reivindicar poder sobre os outros foi Vitor I (190- 202).
Muitos seguiram o exemplo de Vítor.
Até que Constantino ordena que cada bispo cuide de sua própria província (325).
Quando Constantino muda a capital do império para Constantinopla, a briga entre os dois bispos fica mais acirrada.
Os bispos das cidades orientais de Jerusalém, Antioquia e Alexandria apóiam o bispo de Constantinopla, mas mesmo assim o bispo de Roma não desiste.
Quando o império se divide em 395 o sonho dos bispos de Roma de controlar o cristianismo no império, cessa por um tempo.
A igreja oriental (grega), continua com os seus bispos e seus costumes, até ser novamente incomodada pela investida romana.
Mas durante esse tempo tem que conviver com as controvérsias acerca da legitimidade do poder romano.
O que aconteceu à igreja ocidental (romana)?
Com a divisão do império, com o enfraquecimento do ocidente, com imperadores ocidentais fracos, um homem forte se levanta em meio ao caos.
Leão foi seu nome. E era bispo de Roma. Leão agiu como um diplomata. Persuadiu vários reis tribais a pouparem Roma, quando esses estavam prestes a destruí-la.
Isso contribuiu muitíssimo para o seu renome.
Leão ao perceber a sua influencia, afirmou que por disposição divina, era o primeiro entre todos os bispos. Ele obteve o reconhecimento imperial (Valentiniano III 423-455) para sua pretensão.
Como era costume chamar os bispos de pai (papa), Leão advoga para si o papado universal, proclamando-se senhor de toda a igreja.
Dizia que resistir à sua vontade era ir direto para o inferno. Defendeu a pena de morte para os hereges.
Porém o Concílio Ecumênico de Calcedônia (451), concedeu ao patriarca (bispo) de Constantinopla os mesmos direitos do de Roma, a despeito dos atos do imperador.
Com a queda e extinção do império Ocidental em 476 dC., os papas ficaram livres do poder civil.
O império Ocidental ficou dividido em diversos reinozinhos dos bárbaros e isso deu aos papas que sucederam a Leão, a oportunidade de fazer alianças vantajosas, e gradualmente vieram a ser a figura dominante do Ocidente.
No ano 590 dC. surge Gregório I(considerado por muitos historiadores como o primeiro papa).
Foi um bom homem, incansável em seus esforços por justiça em favor dos oprimidos.
Gregório surgiu num tempo de grande anarquia política.
A influência de Gregório sobre os diversos reinos que agora formavam a Europa, pós império romano, teve um efeito estabilizador.
Gregório, decidiu por si mesmo exercer completo domínio sobre as igrejas da Itália, Espanha, França e Inglaterra.
Exerceu muita influência na igreja Oriental, apesar de não reivindicar autoridade sobre ela.
O patriarca de Constantinopla chamava-se a si mesmo bispo universal.
Gregório se irritou muito com isso e repeliu o título como vicioso e arrogante.
Se todos os papas fossem como ele, que idéia diferente o mundo não teria do papado!

Depois de Gregório I(590-604D.C.), houve uma sucessão de papas no poder.
A situação no império Ocidental (extinto), continuou com guerras e pequenos reinos sofrendo cada vez mais com a influência papal.
No Oriente a igreja (durou até 1.453), continuou com seus monarcas e bispos (papas).
A queda o império Ocidental dividiu a história Antiga da Medieval.
Foi o papa Gregório I - o Grande, que introduziu a doutrina da Transubstanciação,
Purgatório, Adoração de Imagens e a Vida Monástica.
A igreja se colocava entre os príncipes e súditos para reprimir injustiças e tirania, proteger os fracos e exigir os direitos do povo.
Muitos governantes tiveram que obedecer às imposições papais.
No início da Idade Média, a maioria dos papas era favorável ao governo justo e honesto.
Enquanto o poder papal (religioso) estava cada vez mais fortalecido, o poder político estava cada vez mais fraco. Era um caos.
A igreja se tornou cada vez mais, uma instituição sólida e lutava constantemente para ter o poder sobre Roma.
Uma das maneiras da igreja, para firmar suas pretensões em Roma foi a divulgação de documentos falsos (fraudes pias), a fim de manter o poder e o prestígio dos papas em Roma.
Um desses documentos foi a doação de Constantino, que começou a circular muito depois da queda do império (476) e o propósito era demonstrar que Constantino (imperador) tinha dado ao bispo Silvestre I, poder supremo sobre todas as províncias do Império e sobre todos os imperadores.
Segundo o documento o motivo da mudança do império de Roma para Constantinopla, foi que em Roma não poderia permanecer nenhum governante que fosse rival do papa.
Mas o documento de maior influencia veio a ser os Decretais Pseudo-Isidorianas, 850DC., que seriam as decisões tomadas pelos primeiros apóstolos( 2º e 3º sec.), e nele estavam representadas as maiores reivindicações, tais como a supremacia

absoluta do bispo de Roma sobre a igreja universal, a independência da igreja em relação ao estado, a isenção de prestação de contas do clero ao estado.
Na época ninguém duvidou da autenticidade desses documentos.
Somente no século XII(1200 a 1300), foi descoberta a fraude, mas aí a igreja já estava ancorada no poder.
A igreja se firmava no poder, mas o estado estava em caos.
Permanecia no ar a aspiração pelo ressurgimento do império romano Ocidental.
Depois de uma longa espera, eis que se levanta um homem: Carlos Magno(742-814).
Rei dos francos ( tribo germânica que governava grande parte da França). Tornou-se senhor de quase todos os países (reinos) da Europa Ocidental – Espanha, França, Alemanha, Áustria,Itália, Suíça, Hungria, Bélgica.
No Natal do ano 800, Carlos Magno foi coroado pelo papa Leão III, imperador romano, sucessor de Augusto e Constantino.
Foi um grande imperador e também protetor da igreja.
Surge então o Sacro Império Romano (igreja e estado). Um protegendo o outro.
Mas, com a morte de Carlos Magno, o império se enfraquece e tem início uma luta frenética entre imperadores de papas pelo poder do império.
Os papas de Roma também queriam dominar a igreja Oriental.
Os papas romanos brigavam com os imperadores ocidentais e com os bispos da igreja Oriental.
Em 1.054 DC., o papa romano excomunga a igreja de Constantinopla (Oriental) e por ela também é excomungado.
Desde então as igrejas (latina e grega) permanecem separadas, não reconhecendo uma a existência da outra.
Na igreja grega (ortodoxa), os patriarcas devem se casar, usam pão comum ao invés de hóstia, as imagens não são esculturas e sim quadros.
Teoricamente o que provocou a separação das duas igrejas foi o estabelecimento do Sacro Império Romano.


Era um império independente de Constantinopla. Constantinopla permanecia fiel ao Estado. Roma conquistara o estado.
OBS: Pepino (França) pai de Carlos Magno, por solicitação do papa Estevão, invadiu
a Itália e deu grande parte das terras para a igreja (papa). Esse foi o inicio dos estados pontifícios (Vaticano).
O Domínio de Roma e de grande parte da Itália foi confirmado por Carlos Magno, em contra partida ele foi coroado imperador pelo papa.
O centro da Itália, cabeça do império romano, agora torna-se reino pontifício governado pela igreja até 1.806, quando foi destruído por Napoleão Bonaparte.

As Cruzadas
Surgiram por volta do ano 1.000, quando acreditava-se que a volta de Jesus aconteceria. Por isso muitas peregrinações eram feitas até a Terra Santa (Jerusalém) que era controlado pelos muçulmanos. A princípio as peregrinações eram facilitadas, mas com o passar do tempo os peregrinos passaram a ser roubados e mortos. O próprio império Oriental estava sendo ameaçado pelos muçulmanos.
Foi nesse tempo que surgiram as cruzadas, que eram expedições organizadas, tendo a cruz como insígnia, que se dirigiam à Terra Santa a fim de libertá-la do poder muçulmano.
Mas, por que a terra Santa estava em poder dos muçulmanos?
Um líder árabe chamado Maomé surgiu nessa terra em meados dos anos 600 DC.,
era mercador, que costumava meditar nos montes de Meca (Arábia). Em um desses retiros recebeu a visita do anjo Gabriel que lhe ditou mensagens de Deus – Alá (Alcorão).
Tentou divulgar essas mensagens em Meca, mas foi perseguido. Foi então para Medina e lá arranjou um grande exercito, voltou a Meca e obrigou a todos os habitantes a segui-lo à força.
A religião de Maomé se propagou por todo o Oriente e só não atingiu o Ocidente
porque foi detida pelos exércitos de Carlos Martel, avô de Carlos Magno, em 722 DC.na França.
Se não fosse Carlos Martel, talvez hoje não existisse cristianismo.
A Jirah – Guerra Santa, que teve início nessa época, tenta converter as pessoas à força ao deus dos muçulmanos (submissos) Alá.
È a religião que mais cresce no mundo.
Os muçulmanos também foram chamados de sarracenos.
As principais cruzadas que forma em número de sete (1.095 a 1.270) não obtiveram êxito.
Mas, por que elas fracassaram em libertar a Terra Santa?
Porque aqueles que formavam a base das cruzadas (reis e príncipes) estavam sempre em desacordo.
Cada qual tinha seu próprio interesse. Invejavam-se um ao outro. Temiam que o êxito desse fama ao rival.
Em contrapartida os muçulmanos eram unidos e valentes.
Os cruzados conseguiam conquistar por alguns anos a Terra e logo perdiam-na novamente para os sarracenos. Quando a conquistavam faziam o povo de escravo e obrigavam-nos a construir castelos e fortalezas para os senhores ( cruzados).
Para esse povo sofrido, o jugo dos sarracenos era menor.
A guerra (cruzadas) era convocada pela igreja que dessa forma demonstrava o poder sobre príncipes e reis da Europa.

As Ordens Monásticas
Surgiram no tempo das cruzadas, eram compostas por pessoas que se refugiavam em cavernas, cabanas e lá ficavam meditando.
Na Europa se reuniam em mosteiros, centenas deles, dando origem as ordens dos franciscanos, dominicanos e beneditinos, cuja ênfase era o trabalho e a ajuda aos pobres.

Os mosteiros acolhiam viajantes, enfermos, pobres e perseguidos. É a versão antiga de hotéis e hospitais.
O monasticismo era elevado em si mesmo, mas coisas ruins penetraram nele.
O celibato passou a ser modelo de vida elevado. Com isso as famílias mais nobres da Europa foram obrigadas a enviar seus homens mais elevados aos mosteiros. Esses não podiam participar da vida social e familiar. Na guerra e na paz as pessoas mais inteligentes estavam inativas nos mosteiros.
Os ricos e nobres tinham que contribuir para manter o familiar no mosteiro, com isso, a riqueza dos mosteiros crescia a cada dia e a luxúria, indisciplina, ociosidade e imoralidade também.
No início as freiras e frades trabalhavam para se sustentar, mas com o passar dos anos viviam da renda, que vinham das contribuições impostas ao povo. Esse foi um dos motivos da Reforma, quando a maioria dos mosteiros foram extintos.
Durante esse tempo os papas foram ladrões, assassinos, corruptos, adúlteros.
Muitos compravam o Ofício papal. A partir de 1059, os papas passaram a ser escolhidos exclusivamente pelo clero.
Mas, os cargos continuavam sendo comprados, o que fazia crescer ainda mais a riqueza da igreja.

Os Precursores da Reforma
Nesse caos que se tornou a igreja cinco movimentos se levantaram.
Albigenses – França 1200. Lutavam contra a autoridade papal, purgatório e adoração de imagens. Foram exterminados pelo papa Inocêncio (a besta) em 1208.
Valdenses- Itália. Distribuíam Bíblias, foram cruelmente perseguidos, mas sobrevivem até hoje.
John Wyclife – 1329-1384. Recusava a autoridade do papa, desconsiderava a doutrina da transubstanciação, era contra a pompa da celebração da missa. Por estar na Inglaterra não morreu, foi protegido por nobres. Ele e alguns amigos traduziram a Bíblia para o inglês.


Jonh Huss – 1369-1415 –Suíça. Pregava as mesmas idéias de Wyclife. Foi excomungado pelo papa e queimado vivo em 1415.
Jerônimo de Savonarola – 1452-1498. Itália. Pregava conta os males sociais, eclesiásticos e políticos. Foi excomungado e enforcado. Seu corpo foi queimado na praça de Florença em 1498. Foram os escritos de Savonarola que instigaram Lutero a escrever contra a igreja.
A queda de Constantinopla - 1453. O império grego foi conquistado pelos maometanos em 1453. No lugar da igreja foi construída uma mesquita. Constantinopla se tornou capital do império maometano até 1920. A igreja continua lá, mas somente com poder eclesiástico.
Com a queda de Constantinopla acaba a Idade Média.

A Reforma
O que conduziu à Reforma, foi a Renascença ou Despertar da Europa para um novo interesse para a literatura, artes e ciência.
Durante a Idade Média o interesse dos estudiosos era verdade religiosa. Contudo na Renascença o interesse se modificou. Os artistas não eram mais padres e sim leigos que da Itália lideraram esse movimento cético e investigativo.
Na Suíça, Inglaterra e Alemanha, o movimento se volta a investigar os verdadeiros fundamentos da fé, independentes do dogmas de Roma.
Um fato que contribuiu para a Reforma foi a invenção da Imprensa pelo gênio Gutemberg em 1456.
Isso facilitou a impressão e circulação de livros. Antes os livros eram feitos à mão.
Uma bíblia na Idade Média, custava o salário de um ano.
O 1º livro a ser impresso foi a Bíblia, demonstrando o desejo da época.
As pessoas que liam a Bíblia se conscientizavam dos erros da igreja católica.
Os ensinos dos reformadores eram impressos e distribuídos rapidamente entre a população.
Na Alemanha um monge e professor da universidade de Wittemberg chamado Martinho Lutero se desperta para a Reforma.

Lutero pregava contra Tetzel e sua venda de Indulgências, que eram bulas (selos papais) que tinham o poder de conceder perdão a quem as comprasse, sendo a pessoa viva ou morta. Lutero denunciava esse ensino como falso.
Lutero estava certo, pois o dinheiro era para terminar a construção da Catedral de São Pedro.
Em 31 de outubro de 1517, Lutero fixou nas portas do castelo de Wittemberg as 95 teses contra a venda de Indulgências, contudo atacando o clero e o papa.
Essa data é registrada como o início da Reforma.
Lutero recebeu uma bula de excomunhão do papa a qual queimou em praça pública.
Foi convocado para uma audiência em 1521 (Dieta de Worms), com o objetivo de retratação perante a igreja. Lutero apenas disse: Aqui estou. Não posso fazer outra coisa. Que Deus me ajude. Amém!
Lutero não foi morto, mas raptado por nobres, ficou escondido por um ano.
O nome protestante veio da luta dos seguidores de Lutero contra os católicos. Os luteranos protestavam contra as atitudes dos reis católicos.
O protestantismo começou na Alemanha, mas em outros países da Europa o mesmo Espírito se espalhava ao mesmo tempo.
Suíça – Ulrico Zuínglio. Ele morre em guerra entre protestantes e católicos e é substituído por João Calvino, um dos maiores teólogos que a igreja católica já teve.
Lutero – Dinamarca, Noruega e Suécia.
John Tyndale – Inglaterra.
John Knox – Escócia

Importante: A Santa Inquisição teve início na Espanha em 1231, para por fim aos hereges reformadores, os quais eram levados aos tribunais, sem qualquer direito de defesa e então supliciados da maneira mais cruel que se possa imaginar.
A Inquisição deteve o progresso da Reforma na Itália, Portugal e Espanha.
Só acabou com a intervenção de Napoleão em 1834 (França), que se opunha firmemente à política dos papas em Roma.
Em 1198-1216, Inocêncio III, intitula-se vigário (substituto) de Cristo. Todas as coisas no céu, terra e inferno estão sujeitas ao vigário de Cristo.
Ordenou duas cruzadas.
Decretou a transubstanciação em 1215.
Confissão Auricular.
Proibiu a leitura da Bíblia.
Exterminou os hereges.
Instituiu a Inquisição, onde hereges eram presos e castigados, enquanto seus bens eram confiscados pela igreja.
Mais sangue foi derrubado em seu pontificado do que em toda a história da igreja.
Dir-se-ia que Nero, a besta tinha revivido com o nome de cordeiro.
Em 381, a igreja Cristã recebe o nome de Católica, na época do imperador Teodósio e se torna a religião oficial do império.
Purgatório- Papa Gregório I o Grande em 593.
Batismo de bebês – Papa Inocêncio I – 416.
Celibato – Papa Hildebrando – Gregório VII.
Indulgências – 1190 – Papa Clemente III.

HISTÓRIA DA IGREJA PARTE 1

Quero compartilhar este estudo e espero que edifique a sua vida!

A Bíblia contém a história de Cristo. A igreja existe para contar a história de Cristo. A história da igreja é a continuação da história de Cristo.
É muito importante que os ministros ensinem às suas ovelhas a importância da história da igreja, pois, a ignorância desta é mais generalizada se comparada à ignorância da própria Bíblia, e é impossível entender as condições atuais da cristandade, a não ser à luz da História.
A história universal é dividida em três períodos: Antiga, Medieval e Moderna.
A história da igreja também é dividida em três períodos:
Período do Império Romano – Perseguições, Mártires, Pais da igreja, Controvérsias, Cristianização do Império Romano.
Período Medieval – Crescimento e poderio do papado, Inquisição, Cruzadas.
Período Moderno – Reforma protestante, Grande expansão da igreja protestante, Larga circulação da Bíblia, Libertação dos governos civis da dominação da igreja católica e do clero, Missões mundiais.
De início, precisamos conhecer o contexto histórico da época, para assim podermos entender todo o desenrolar dos acontecimentos.
Já sabemos que o cristianismo nasceu do judaísmo (Jesus era judeu). Na época em que Jesus implantou O REINO DE DEUS, Ele estava na Judéia (Israel). Também já sabemos que nessa época (29 AD), a Judéia estava sob o domínio dos césares.
O Império Romano, se estendia por todos os territórios do mundo conhecido de então, do Atlântico ao Eufrates, dos países do norte europeu ao deserto africano.A população era de 120.000.000.
Jesus foi crucificado no reinado de Tibério – 14 a 37 dC.
Antes de Tibério, o Império já tivera dois grandes césares:
Julio Cesar - 46 a 44 aC., foi o 1º e o seu nome passou a ser um título, para todos os sucessores.

Augusto 31 aC. a 14 dC. Calígula 37 a 41 dC. Claudio 41 a 54 Nero 54 a 68 Galba 68 a 69 Oto, Vitélio 69 Vespasiano 69 a 79 Tito 79 a 81 Domiciano 81 a 96 Nerva 96 a 98 Trajano 98 a 117 Adriano117-138
Antonino(Pio) 138-161 Marco Aurélio 161-180.
O apogeu da glória de Roma aconteceu no período entre os imperadores: Claudio e Marco Aurélio (46 a 180). Apesar desses imperadores terem sido muito bons, todos sem exceção, perseguiram os cristãos.
Após Marco Aurélio, o Império entra em guerra civil e desastres internos generalizados. Inicia-se uma época de refrigério para a igreja sob os imperadores Caracala, Eliogábalo, Alexandre Severo, Filipe, Galiano. Após isso receberam a maior e última perseguição já vista desde a época de Nero, propagada por Diocleciano. Apesar de toda a fúria do império em eliminar os cristãos, foi a época que mais a igreja cresceu e se fortaleceu. Quando terminaram as perseguições imperiais em 313 (Constantino), os cristãos eram cerca de metade da população do Império.
Sétimo Severo 193-211 Caracala 211-217 Eliogábalo 218-222
Alexandre Severo 222-235 Maximino 235-238 Filipe 244-249
Décio 249-251 Valeriano 253-260 Galiano 260-268
Aureliano 270-275 Diocleciano 284-305 Constantino 306-337
Juliano 361-363 Joviano 363-364 Teodósio 378-395
Quando Constantino assume o império, abole as perseguições contra os cristãos pelo fato de haver se convertido ao cristianismo. Começa então uma época tanto de crescimento material quanto espiritual da igreja.
Constantino concedeu liberdade para que cada pessoa seguisse a religião que quisesse. Como havia se convertido ao cristianismo, favoreceu sobremaneira os cristãos: Deu-lhes os principais cargos, isentou os ministros de impostos e serviço militar, incentivou e ajudou na construção de igrejas, fez do cristianismo a religião da corte, encomendou a feitura de 50 Bíblias para a igreja de Constantinopla, fez do dia de reunião dos cristãos (domingo) dia de descanso, permitiu aos soldados cristãos assistirem aos cultos, foram abolidos a escravidão, o combate de gladiadores, a morte de crianças indesejáveis e a pena capital de crucifixão.


Constantino mudou a capital do império para Constantinopla, porque a aristocracia romana insistia em permanecer em seus costumes pagãos.
Até esse tempo o cristianismo era uma opção e devido a isso, ele cresceu e se fortaleceu.
Mas, ao tempo do imperador Teodósio o cristianismo se tornou obrigatoriedade em todo o império (cada cidadão).
Foi isto a pior calamidade que poderia vir ao cristianismo, pois até a época de Constantino as conversões eram voluntárias, por uma mudança genuína de vida e coração, mas agora as conversões forçadas, enchiam as igrejas de gente não regenerada. A natureza da igreja foi mudada, tornando-a uma organização política.
A partir desse ponto, a igreja de Cristo, fundamentada nos ensinamentos de Jesus, Sua obra expiatória e Sua ressurreição, que havia sobrevivido e vencido, através de meios puramente espirituais e morais, se envereda agora pelo caminho da ambição de domínio, onde perde o Espírito de Cristo.
A Igreja conquista o Império. Ou será que foi conquistada por ele? Muitas coisas começam a mudar por causa do paganismo que a invade.
O Culto a principio muito singelo, passa a cerimônias complicadas, imponentes, majestosas, próprias dos templos pagãos, os ministros tornam-se sacerdotes.
Nessa época o império se divide definitivamente.
Nota: O Império romano já havia dado prenúncios de divisão na época de Diocleciano, devido à extensão do território, o que impossibilitava a proteção das fronteiras contra a invasão de povos bárbaros. Diocleciano divide o império em duas partes Oriental e Ocidental com a finalidade de protegerem-se.
Constantino une novamente o império, mas esse vem novamente a se dividir na época de Teodósio basicamente pelos mesmos problemas.

Vamos agora dar uma breve pausa aqui no estudo do império e passemos ao estudo da igreja, agora que conhecemos um pouco acerca do contexto histórico em que ela vivia.
A igreja foi instituída para apresentar Cristo ao mundo através do testemunho, e não para autoritariamente compelir o mundo a viver a doutrina de Cristo.


Mas, como esta nasceu em meio ao Império Romano, com o tempo veio a se fundir com este regime, tornando-se uma organização autocrática.
No fim da era apostólica (100 dC.) as igrejas eram independentes entre si, cada qual governada por uma junta de pastores. Um destes pastores era chamado Bispo, pois se fazia necessária uma autoridade maior, devido ao crescimento grandioso da igreja, que se expandia a todos os lugares do império. Esse Bispo tinha autoridade sobre as diversas igrejas de uma determinada localidade.
Havia uma quantidade grande de bispos, que se respeitavam mutuamente. Mas, um entre eles, o que estava encarregado de liderar as igrejas que estavam em Roma (capital do Império), buscava incessantemente o direito de liderar todos os outros bispos, porque dizia: A igreja de Roma é a principal entre todas, pois está localizada na sede do poder. Sendo assim, é justo que o seu Bispo também o seja.
Com o decorrer do tempo, surgiram cinco centros que lideravam democraticamente todas as outras igrejas: Roma, Constantinopla, Antioquia, Jerusalém e Alexandria. Esses bispos passaram então a serem chamados de Patriarcas.
Por causa da obsessão do bispo de Roma pelo poder, Constantino no 1º Concílio Ecumênico da Igreja (Nicéia 325 dC.), determinou que os Bispos tinham plena jurisdição sobre suas províncias, assim como o de Roma tinha sobre a sua, sem qualquer idéia de estarem elas sujeitas a Roma.
Roma nunca desistiu de governar toda a cristandade, fato que se concretizou após a divisão do Império em 395 dC.
A palavra “papa”(papai), utilizada após a divisão pelos bispos ocidentais, passou a restringir-se apenas ao bispo de Roma e com o tempo veio a significar “pai universal”, isto é, bispo de toda a igreja.