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domingo, 11 de abril de 2010

Páscoa


A PÁSCOA

A Páscoa é uma data comemorada tanto no judaísmo, quanto no cristianismo.
Mas, é necessário entender que existe um ensinamento, muito mais profundo que os coelhos e ovos de chocolate.
A festa da Páscoa, teve inicio no ano 1200 antes de Cristo, com os israelitas.
Nessa época os israelitas eram escravos no Império Egípcio e Deus interveio para retirá-los de lá e colocá-los na terra de Canaã segundo a promessa que havia sido feita a Abraão (Gn 17:8).
Um homem foi treinado por oitenta anos, a fim de que pudesse colocar em ação essa estratégia (Ex 3).
Mas, para que esse povo saísse do Egito, foi necessário destruir todas as forças que os prendiam por lá (principados e potestades).
Foram necessárias 10 pragas, para que esse povo deixasse o Egito (Ex 7 a 12).
Deus desestabilizou todos os demônios que operavam lá e também destruiu aquele império, que até hoje, 3000 anos depois não se recuperou mais. Hoje o Egito esta incluído no rol dos países mais pobres do mundo.


O que nós queremos mostrar aqui, é o acontecimento que deu origem a festa da Páscoa.
Deus, na última praga envergonhou um dos demônios mais poderosos do Egito, Osíris – o deus da vida. Osíris não conseguiu proteger os primogênitos do Egito da morte. O próprio faraó, considerado filho de outro deus poderoso, Amon-Rá (deus sol), não conseguiu proteger o próprio filho.
Para proteger os israelitas, da última praga, Deus ordenou que eles sacrificassem,um cordeiro e passassem o sangue no batente superior e nas laterais das portas de todas as casas israelitas (Ex 12). Dessa forma todos os israelitas foram protegidos.
Esse cordeiro deveria ser macho de no máximo 1 ano de idade, e não poderia ter defeito algum.


À meia-noite o próprio Deus passou pelo Egito e todas as casas que não tinham o sangue nas portas, tiveram seus primogênitos mortos.
Depois desta grande derrota, faraó permitiu que o povo fosse embora.
O povo israelita foi orientado por Deus, a assarem o cordeiro inteiro, colherem verduras e assarem pães(por ser uma refeição rápida não havia tempo para levedar a massa, por isso os pães foram feitos sem fermento), para que uma última e apressada refeição fosse feita antes deles saírem para a longa jornada em direção a Canaã.
Também foram orientados a comer vestidos e em pé, pois a qualquer momento viria a ordem de saída.
As sobras do cordeiro foram queimadas.

Os israelitas levaram apenas os pães para comerem durante a viagem.
O povo saiu pela manhã, depois de serem praticamente expulsos pelo povo egípcio, que temia pelas próprias vidas.
O que os israelitas pediam, os egípcios davam. Dessa forma saíram do Egito com grandes riquezas (Ex 12: 35 e 36).
A multidão que saiu do Egito naquela madrugada foi de aproximadamente dois milhões e meio de judeus, mas havia muitos egípcios pelo meio.
Esse grande livramento de Deus passou a posteridade dos judeus e foi relembrado ano após ano através de uma festa chamada Páscoa, que quer dizer Passagem – a passagem de Deus pelo Egito, na qual ele libertou seu povo com mão forte. Os pais receberam uma ordenança de Deus de repassarem essas informações aos seus filhos de geração em geração. (Êxodo 12.24 a 27)
Uma coisa interessante a notar aqui é o fato dos filhos poderem participar da refeição da Páscoa, mas o estrangeiro não.

Todos os judeus iam a Jerusalém todos os anos para celebrar a Páscoa, porque o cordeiro tinha que ser morto no templo.
Jesus participou dessa festa com seus pais e depois com seus discípulos.
O que nós queremos mostrar hoje aqui é uma forma aproximada de como era celebrada essa festa.
Por isso iremos retornar lá no cenáculo, onde Jesus celebrou a sua última Páscoa em companhia dos seus discípulos.
Jesus mandou Pedro e João prepararem a Páscoa (Lc 22:8). O que eles fizeram então?
Adquiriram um cordeiro macho de um ano de idade, sem nenhum defeito.
Levaram-no ao templo onde foi sacrificado, até no máximo 15:00 Hs. Sua pele foi retirada, seus órgãos internos foram limpos e recolocados no lugar, os rins e a gordura foram queimados no altar pelos sacerdotes, o sangue foi espargido no altar.
Obs. Todos os chefes de família faziam a mesma coisa. Centenas de cordeiros eram imolados durante todo o dia. Às 15 horas, o portão do templo era fechado e o pátio lavado.

O cordeiro foi então levado até o lugar indicado por Jesus (um cenáculo mobiliado) e assado inteiro.
A mesa para a Páscoa foi preparada.
O cordeiro assado.
Três pães asmos grandes.
Salmoura para molhar as ervas amargas.
As ervas amargas: Alface, chicória, agrião, salsa.
Os legumes: pepino e rabanete.
Um tipo de molho obtido da mistura de nozes, tâmaras, maçãs etc,(charoset) para mergulhar o pão.
E 4 cálices de vinho ( simboliza a alegria).

Estando todos à mesa começa então a comemoração:
1.O líder ou o pai da família, toma o 1 cálice de vinho e ora por toda a família, em seguida toda a família (discípulos) tomam do cálice e lavam as mãos enquanto oram.
2. O chefe da família pega as ervas amargas, molha na salmoura, come e dá aos outros a comer.
3.Bebia-se o 2 cálice.
4.O chefe da família narra toda a história dos hebreus, começando com Abraão, a Escravidão egípcia, a Libertação e Posse de Canaã.
5. O Cordeiro Pascal é então servido acompanhado pelos pães asmos.
6.Canta-se um hino ( salmo 113 e 114)
7. Faz-se uma oração e bebe-se o 3 cálice.
8.Pão molhado no molho charoset é então servido.
9 .Encerra-se então a ceia com o 4 cálice. Faz-se oração em favor da família e canta-se o último hino (salmos 115 a 118). Foi provavelmente nessa hora que Jesus, orou pelos discípulos e por todos que ainda creriam Nele no futuro. Jesus orou por Sua família.(João 17, Mt.26:30).

Essa celebração era bem vagarosa.
E muito provavelmente foi assim que Jesus a celebrou na última vez.
Só que algo diferente aconteceu nessa Páscoa. Jesus disse que não mais comeria com os discípulos a Páscoa até que o Reino dos Céus fosse plenamente instaurado (Mt 26:29).
Jesus então toma o pão, reparte entre os discípulos e diz que aquele pão é o símbolo do seu corpo, depois pega o cálice de vinho e diz que aquele vinho é o símbolo do seu sangue. Os discípulos deveriam comer o pão e beber o vinho em memória de Jesus.

Os discípulos não entenderam a princípio, porque não sabiam do que estava para acontecer.
Quando Jesus disse: Este cálice é o Novo Testamento no meu sangue, Ele estava querendo dizer que o Seu sangue estava inaugurando uma Nova Época.

Os discípulos, não deveriam mais celebrar as lembranças da saída do Egito com os símbolos da Páscoa e sim, celebrar as lembranças da Nova Aliança com os símbolos do Pão e Vinho.
Por que Jesus fez isso?
Porque dali a poucas horas, todo o simbolismo da Páscoa seria cumprido por Ele mesmo.

O cordeiro macho de 1 ano – Jesus em plena juventude.

Sem defeito ou mancha - Jesus sem pecado algum.

Assado inteiro - Jesus oferecido como oferta a Deus pelos meus pecados, não teve nenhum osso quebrado(Sl 34:20). Quando Jesus dá o ultimo brado no Gólgota, era como se ele estivesse dizendo: O sacrifício foi consumido, a obra foi completada. Não podemos esquecer que Jesus expirou as 15 horas (hora nona), a hora em que os cordeiros deveriam ser sacrificados.
Assim, como o sangue daquele primeiro cordeiro livrou os israelitas da ira de Deus, o sangue do Último Cordeiro, cobre os nossos pecados e nos temos livre acesso a Deus, não seremos mortos pela Sua ira Santa.

Ervas Amargas – Simbolizavam as amarguras que os israelitas passaram no Egito. Também eram de rápido preparo. Com Jesus, passamos por momentos de amarguras, mas é rápido e assim como ervas amargas tem poder de cura, os momentos de sofrimento e amargura nos curam de muitas doenças da alma.

Pão Sem Fermento – Feito de forma rápida , sem tempo para levedar e crescer. Jesus o Pão da Vida , passou por este mundo muito rapidamente, 33 anos, mas somente 3 de vida pública. Fermento significa pecado, Jesus não tinha pecado algum.

Quando Jesus cumpriu todo o simbolismo da Páscoa, então ele pode inaugurar a Nova Aliança(Testamento através do Seu Sangue), e modificar a celebração para apenas dois elementos: o pão e o vinho.
A Páscoa foi então abolida (já cumpriu com o seu desígnio). Assim como o Tabernáculo. Diante da insistência dos judeus em continuar os sacrifícios no templo, pelo fato de não terem aceitado a Jesus (Messias), Deus destruiu o Templo, e eles ficaram sem lugar para sacrificar (ano 70 DC, por Tito, general do império Romano).
Muitos judeus ainda hoje celebram a Páscoa, mas é porque não entenderam a época da Sua visitação, não entenderam a obra efetivada por Cristo.

Deus tem hoje um Novo Tabernáculo para habitar: eu e você.
Assim como o próprio Deus, habitou no corpo de Jesus, Ele quer habitar dentro de cada um de nós hoje!

Deus nos deu uma nova celebração para lembrarmos do que Ele fez por nós lá na cruz do calvário (resgate).

Os dois elementos:

Pão- Simboliza a Palavra de Deus, o Verbo. Quando nós comemos o Pão lembramos que Jesus, o Verbo Encarnado de Deus, habita dentro de nós.

Vinho – Sangue,alegria, vida. Quando bebemos o vinho, lembramos que a vida e a alegria de Jesus, vive dentro de nós. O sangue de Jesus corre em nossas veias. A vida está no sangue.

Concluindo então: Quando participamos da Santa Ceia, retificamos que A Palavra e o Próprio Cristo habitam dentro de nós.
Amém!

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